O papel do serviço público efetivo é o de conduzir a cultura estatal da comunidade através dos sucessivos mandatos ordenados pelo Povo.
Às vezes, os servidores públicos são conservadores, resistindo a tendências que consideram equivocadas. Às vezes são avant garde porque não têm medo de serem mandados embora. E muitas vezes produzem pouco, no sentido capitalista da palavra, pois veem as gavetas serem esvaziadas e novamente enchidas de novos vazios a cada eleição.
Claro, não é que os servidores públicos sejam avessos à democracia. É que eles sabem a diferença entre Estado e Governo.
Nesse sentido, o Povo brasileiro não devia abrir mão de concursos públicos em todas as suas instâncias, mesmo durante as ondas privatistas.
Faço uma analogia com outro tema nacional, o da corrupção, para defender meus argumentos. Os políticos são os profissionais que conduzem o Governo no Estado brasileiro. Eles recebem altos salários e subsídios para figurar bem na função, porque estão no topo da carreira.
Acontece que as rubricas do orçamento nacional não permitem descrever o dinheiro necessário à manutenção do poder. Então, todo o dinheiro que atribuímos à corrupção é o que tem pago a nossa escolha por delegar o poder político a representantes.
A sociedade brasileira não pode prescindir da categoria profissional dos políticos porque não dá para sentarmos todos nas praças e discutirmos como vai ser o rótulo dos remédios.
E também não pode prescindir dos servidores públicos porque eles detêm saber sobre o que, no Estado, atravessa o Governo.
Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhP47GHuRh7-eTzWuSDdXYr45qNk3HkkgwzJ36Vyo15c6kwcMPQk4tgKFJJYyWKrxhHoDNCVubgWEKfO2Vmfv89GmaOozXGvC7pQA00teg44Qm9REFR7C3GuvKEDpkmUd4Rzq5aKYZtWWM/s1600/images.jpg Acesso em 30/12/18.
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